segunda-feira, 2 de julho de 2012

A ARTE NO EGITO

O Egito desenvolveu uma das principais civilizações da antiguidade e nos deixou uma produção cultural riquíssima. Temos informações detalhadas sobre essa cultura graças à sua escrita bem estruturada.
O aspecto cultural mais significativo do Egito antigo era a religião, que tudo orientava. Acreditava-se em vários deuses e na vida após a morte, mais importante que a vida terrena. A felicidade e a garantia da vida depois da morte dependiam dos rituais religiosos. A arte, como não poderia deixar de ser, refletia essa visão religiosa, que aparece representada em túmulos, esculturas, vasos e outros objetos deixados junto aos mortos.
Para entender melhor as fases da arte egípcia, veja os períodos abaixo.

ANTIGO IMPÉRIO: por volta de 3 200 a 2 200 a. C.
MÉDIO IMPÉRIO: por volta de 2 000 a 1 750 a. C.
NOVO IMPÉRIO: por volta de 1 580 a 1 085 a. C.

A arquitetura
Como consequência da intensa religiosidade, a arquitetura egípcia apresenta grandiosas construções mortuárias, que abrigavam os restos mortais dos faraós, além de belos templos dedicados às divindades. São exemplo dessas construções as pirâmides de Gizé, erguidas durante o antigo império (fig. 01).

Pirâmides de Gizé: Miquerinos, Quéfren e Quéops. (fig.01)

As pirâmides são as obras arquitetônicas mais conhecidas até hoje, mas foi no Novo Império que o Egito viveu o auge de seu poder e de sua cultura. Os faraós desse período ergueram grandes construções, como os templos de Carnac e Luxor (fig. 02), dedicados ao deus Amon.
Durante o reinado de Ramsés II, no século XIII a. C., a principal preocupação do Egito era a expansão de seu poder político. Toda a arte desse período era usada como forma de demonstrar poder (figs. 03 e 04).


Templo de Luxor (fig.02)

Palácio de Nefertari (fig.03)

Palácio de Ramsés II (fig.04)

A pintura
Os pintores egípcios estabeleceram várias regras que foram seguidas durante muito tempo, ao longo do Antigo Império. Entre elas, a regra da frontalidade chama a atenção pela frequência com que aparece nas obras (fig. 05).

Regra da frontalidade (fig.05)

Regra da frontalidade (fig.5)

Aspectos técnicos como perspectiva, proporção entre as figuras e ponto de vista do autor da obra ainda não preocupavam os pintores egípcios (fig. 06). Tudo era mostrado como se estivesse de frente para o observador.

Detalhe de papiro funerário, séc. X a.C. (fig.06)

A rigidez dessas regras só seria quebrada no reinado de Amenófis IV, no Novo Império. Ele transferiu a capital de Tebas para Amarna e pôs fim à religião politeísta, impondo ao povo uma religião monoteísta, cujo único deus era Aton, o deus Sol, e adotando o nome de Akhnaton em homenagem a ele.
Akhnaton encomendou pinturas e relevos em que ele, o faraó, não era visto em posturas solenes e austeras como seus antecessores (fig. 07).

Aknaton e sua família (fig. 07)

Após a morte de Akhnaton, a tendência para a informalidade nas representações artísticas perdurou em algumas obras do início do reinado de Tutancâmon, seu filho e sucessor (fig. 08).
Quando Tebas voltou a ser a capital do Egito e o politeísmo foi restaurado, muitos artistas voltaram a representar os governantes em posturas formais.

Trono de Tutacâmon, Museu do Cairo (fig. 08)

A escultura
A escultura é a mais bela manifestação da arte egípcia no Antigo Império. Apesar das muitas regras existentes para esse tipo de arte, os escultores criaram figuras bastante expressivas. Os egípcios acreditavam que, além de preservar o corpo dos mortos com a mumificação, era importante encomendar a um artista uma escultura que reproduzisse seus traços físicos.
Essa concepção da escultura não era aplicada apenas às obras que representavam mortos. Para os egípcios, todas as esculturas deveriam revelar as características do retratado, como a fisionomia, os traços raciais e a condição social, como na (fig. 09), do escriba sentado.

Escriba sentado, 2500 a.C. (fig. 09)

Bibliografia (texto): PROENÇA, Graça. História da arte. Ed. Ática, São Paulo, 2008.

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